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Bruce Lee - Aforismos

Não leio muito esse tipo de livro, mas com a recomendação do meu padrinho acabei dando uma chance a Aforismos. Bruce Lee, além de ator, lutador, roteirista, etc, ainda encontrava tempo para filosofar. Cursou Filosofia na Universidade de Washington. Deixou vários ensinamentos que foram organizados do por um jornalista chamado John Little, que transformou em livro. Juntei meus trechos favoritos abaixo:

  • “Uma vida de perfeição é uma vida simples - Uma vida simples é de plenitude, em que o lucro é descartado, a esperteza é abandonada, o egoísmo é eliminado e o desejo é reduzido. Esta vida de perfeição parece ser incompleta, e a vida plena parece vazia. É uma vida brilhante como a luz, mas que não ofusca. Em resumo, é uma vida de harmonia, unidade, contentamento, tranquilididade, constância, esclarecimento, paz e uma longa vida.”

  • “Não negligencie a vida preocupando-se com a morte - Não sei qual é o significado da morte, mas não tenho medo de morrer - e continuo indo em frente, sem parar [com a vida].”

  • “As lições do ego - A afirmação a ser feita sobre o ego é que o homem deveria usar o seu ego, em vez de ser usado ou cegado por ele.””

  • “O espírito se fortalece na tristeza - A felicidade é boa para o corpo, mas a tristeza fortalece o espírito.”

  • “O que importa não é o que acontece, mas sua maneira de reagir ao que acontece. Sua atitude mental determina o que você faz do acontecimento- um degrau ou uma pedra para tropeçar.”

  • “Adapte-se como a água = Seja como a água: a água tem forma e, no entanto, não tem forma. É o elemento mais suave da terra e, no entanto, penetra a mais dura rocha. Não tem forma própria, mas pode assumir a forma de onde estiver. […] Pode fluir depressa ou devagar, mas seu propósito é inexorável, e seu destino é certo.”

  • “Não tenha medo do fracasso - O pecado não é fracasso, mas sim pensar pequeno. Nas grandes tentativas, até o fracasso é glorioso.”

  • “A parábola da xícara de chá - Certa vez, um homem erudito foi visitar um mestre zen para saber sobre o zen. Enquanto o mestre falava, o erudito frequentemente o interrompia para expressar suas opiniões, como: “Ah, sim, nós também temos isso” etc. Finalmente, o mestre zen parou de falar e começou a servir chá para o homem erudito. Serviu até a borda, e continuou despejando chá até a xícara transbordar. “Pare, a xícara está cheia, não cabe mais chá dentro dela,”disse o homem erudito. “É isso mesmo”, respondeu o mestre en. “E se você não esvaziar primeiro a sua xícara, como poderá saborear a minha xícara de chá?”

  • “Ser livre - Liberdade é igual à ausência de restrições externas. Não liberdade é igual à ausência do sentimento de restrições externas. Pessoas diferentes se sentem livres de formas diferetnes. Portanto, é uma questão de grau. A pergunta deveria ser: “Quão livre eu sou?””

  • “O artista de segunda mão (o conformista) - O artista de segunda mão, ao seguir cegamente o professor, aceita o seu padrão. Assim, sua ação e principalmente seu pensamento se tornam mecânicos e suas respostas, automáticas, em conformidade com o padrão - e com isso ele pára de se expandir ou de crescer. É um robô, produto de milhares de anos de propaganda e condicionamento. O artista de segunda mão raramente aprende a contar consigo mesmo em sua expressão: ao contrário, segue fielmente um padrão imposto. Assim, prefere cultivar uma mente dependente a fazer indagações de forma independente.”

  • “A maioria de nós se vê como instrumento nas mãos dos outros - Há em nós um forte impulso de nos vermos como instrumento nas mãos dos outros, o que nos livra da responsabilidade por atos oriundos de nossas inclinações e impulsos questionáveis.. Tanto os fortes como os fracos se apegam a esse álibi. Estes últimos escondem sua maldade sob a virtude de obediência: eles agiram de mandeira desonrosa porque obedeciam a ordens. Os fortes também pedem absolvição, declarando-se instrumento de um poder superior - Deus, a história, o destino, a nação ou a humanidade.”

  • ” Realização pessoal versus realização da auto-imagem - Sim, há uma diferença entre realização pessoal e realização da auto-imagem. A maioria vive apenas para a sua imagem. É por isso que enquanto alguns têm um eu, um ponto de partida, a maior parte das pessoas têm um vazio, porque estão muito ocupadas se projetando como isso ou aquilo, dedicando a vida a realizar um conceito de como deveriam ser - em vez de realizar sua sempre crescente potencialidade como ser humano. Desperdiçam, dissipam toda sua energia projetando e conjurando uma fachada, em vez de concentrar a energia na expansão e na ampliação do próprio potencial ou de expressar e empenhar essa energia unificada numa comunicação eficiente etc.”

  • “Simplicidade é cortar o que não for essencial - Não é aumento diário, mas uma diminuição diária - corte o que não for essencial! Quanto mais perto da fonte, menos desperdício haverá.”

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